quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Quase nove anos depois

Quase nove anos distante, dispersa, ausente. Presente no mundo, de olhos abertos, observando,vivendo e me perguntando: Como há tantos com os olhos abertos que não podem ver o mundo ao seu redor. É como estar em uma sala de vidro à prova de som, gritando alertas e avisos a plenos pulmões, enquanto as pessoas passam calmamente pela rua sem sequer olhar.

Nosso planeta está morrendo; o ódio nos rodeia. E no momento que mais precisamos nos unir, estamos mais divididos do que nunca.

Porque nos momentos de desespero precisamos catalogar as coisas; segregá-las?
O ser humano sente dor,sente fome,frio. Mas é humano direito?  Tem religião? Qual o gênero? Qual a cor? De onde veio?

O que nos faz menos humanos não são as respostas, são as perguntas. Se essas são as perguntas feitas para que se possa prover ajuda,comida,calor,afeto, então os que não são humanos somos nós.

Cada vez menos amor por nós mesmos e pelo mundo à nossa volta. Cada vez menos preocupação com a fauna, com a flora, com o próximo.

Lutamos por um presente sem pensar em construir um futuro. Nossa arrogância nos afasta cada vez mais da direção que deveríamos seguir. Se nada for preservado, nada sobrará além de recordações amargas.

Ainda há tempo, embora seja pouco, de restaurar o que tem sido destruído. Seremos capazes de enxergar antes que não haja nada mais para se ver ou morreremos cegos e amargurados?